Saas – Software como Serviço

Just another WordPress.com weblog

Posts Tagged ‘Gartner

Gartner: Tendências para TI

leave a comment »

Decision Report

Integração de aplicativos, Cloud Computing, segurança e mídias sociais são assuntos que, se não fazem parte da rotina de sua empresa, serão apenas uma questão de tempo. Prova disso é que foram exatamente essas as tendências discutidas na manhã desta terça-feira (16) em São Paulo, na décima edição da Conferência de Tecnologias Empresariais do Gartner. O evento reuniu analistas e executivos e acontece até a quarta-feira.

Entre eles está Jess Thompson, vice-presidente de Pesquisas do Gartner e Chairman da Conferência, e argumentou que o momento é otimizar de maneira inteligente as aplicações. “As organizações mais efetivas utilizam informações em tempo real”, explicou ele ao dar o exemplo da ineficiência de avisos em painéis de aeroportos, com informações desencontradas por conta de atraso. Mas o monitoramento é igualmente importante, para checar o que acontece nos eventos “para poder antecipar o problema e agir da melhor forma quando ele ocorrer”.

Já para David Mario Smith, analista do Gartner, outra tendência é a de utilização de redes sociais. A questão é ficar de olho não só na ponta do iceberg, ou seja, sites como Twitter e Facebook e sua utilização para fins de marketing e interação com consumidor. A intenção é também aproveitar as ferramentas para uso corporativo, a “inteligência coletiva” que surge com “expertise local”. “Pense no poder de um flashmob organizado pelo Twitter”, diz Smith, remetendo isso ao ambiente de negócios.

Um exemplo do conceito dando errado é a rede de lojas norte-americana GAP. A empresa tentou mudar o logo, mas contou com grande rejeição dos consumidores pelas redes sociais. “Eles tentaram convencer dando calças jeans gratuitas a quem imprimisse um cupom, mas nem todas as lojas sabiam disso”, conta. O analista alerta ainda para o comprometimento de empresas com os sites de relacionamento: mesmo as que não incluíram formalmente um perfil podem ser citadas e ter funcionários se conectando.

“Mas minha obrigação é avisar de quão perigoso pode ser utilizar essas redes”, brinca Joseph Feiman, vice-presidente de Pesquisas e Associado do Gartner. É apenas uma das tendências em um novo cenário de segurança, com necessidades e ocorrências diferentes. “Não há mais ataques massivos por fama, mas hackers trabalhando por meses em apenas um alvo – pode ser o seu hospital”, alerta. “Eles não querem fama, mas ganho financeiro”. Feiman acredita que é preciso se proteger e assumir a responsabilidade dos riscos, seja em um ambiente tradicional, seja no Cloud.

Não que isso seja fator para deixar a computação na nuvem de lado. De fato, segundo Gene Phifer, vice-presidente Administrativo no Gartner Research, “não é uma questão de ‘se’, mas sim de ‘quando’ as empresas irão adotar o Cloud”. Mas o analista alerta para os modelos e serviços corretos e que melhor se encaixam no perfil das necessidades de cada negócio. “Nem todo mundo vai economizar dinheiro, não há uma garantia”, diz. “Mas, na minha opinião, há benefícios quase instantâneos, como a entrega rápida de serviços computacionais e a habilidade de escalonar de acordo com os picos de necessidades”, diz.

Como entusiasta, Phifer recomenda que se tome cuidados para saber o que exatamente é adequado para migrar para a nuvem, até por ser necessária uma confiança no prestador de serviços remoto. “Provas de conceito e protótipos são necessários ao apoio”, diz. “Vá e aprenda, comece com passos de bebê e, depois, evolua. Não há razões para não se fazer isso”, aconselha. “Mas, se não der, não vá ao Cloud agora, ainda há muita imaturidade. Em seis meses, o que você quer pode estar disponível”, conclui.

Written by Flavio Henrique

Agosto 17, 2011 at 9:00 pm

Modelo de cloud compunting começa a ser questionado

leave a comment »

Por: Computer World

Fallta de definição dos fornecedores sobre o conceito de computação na nuvem ainda confunde o mercado e causa desilução.

Os recentes relatórios de institutos de pesquisas apontam que cloud computing está perdendo sentido por causa da falta de definição do conceito.

O Gartner afirma que quase todos os fornecedores informam ter estratégia de computação em nuvem, mas poucos têm mostrado como essas estratégias são baseadas na nuvem.

A redefinição do conceito de nuvem por parte dos vendedores em todas as áreas tecnológicas está levando rapidamente toda indústria ao vale da desilusão.

Todos estão promovendo seu produto como algo baseado na nuvem quando, na verdade, têm muito pouco, ou nada, que se pareça com cloud computing. O conceito de nuven privada agrava o problema, facilitando qualquer premissa como tecnologia para a nuvem. Isso é não é novidade mas, ultimamente, está ficando muito pior.

O problema é que tudo é vendido como algo baseado em nuvem. Não importa se os fornecedores realmente mudaram a tecnologia para suportar os conceitos do termo, então cloud computing é algo abrangente. Portanto, o modelo não é mais algo emergente, mas algo relacionado a tudo aquilo que é computação.

Claramente, o termo “cloud computing” perdeu a maioria de seus significados e atributos essenciais. Isso não ocorreu porque alguém redefiniu o que ela é, mas porque bilhões de dólares de marketing simplesmente calaram todo os líderes deste espaço que denominam de BS tudo aquilo que redefiniu o conceito de nuvem.

O mercado está perdendo  guerra, na definição dos atributos fundamentais da computação em nuvem para que as empresas de TI e pudessem fazer bom uso dela. Agora está nas mãos das organizações e das agências de publicidade, o que, tenho certeza, vai levar o conceito para um passeio selvagem nos próximos anos.

Written by Flavio Henrique

Agosto 11, 2011 at 12:53 pm

Gartner aponta cloud computing como prioridade

leave a comment »

Info On Lin

SÃO PAULO – O Gartner divulgou hoje um relatório com as dez prioridades que os CIOs devem focar durante o ano de 2011.

De acordo com o estudo, são elas: cloud computing, virtualização, tecnologias móveis, gerenciamento de TI, business inteligence (BI), rede de voz e comunicação de dados, aplicações corporativas, tecnologias colaborativas, infraestrutura e web 2.0, respectivamente.

Neste panorama, os CIOs esperam adotar os serviços de cloud computing antes do esperado. Atualmente, 3% das corporações possuem a maioria da sua TI no cloud computing. Porém, ao longo de quatro anos, os CIOs acreditam que este número aumente para 43%.

O relatório foi estabelecido com base em uma pesquisa realizada entre setembro e dezembro de 2010, com os principais executivos de TI de 2014 empresas do setor público e privado, em 50 países.

De acordo com o vice-presidente do Programa Executivo do Gartner para a América Latina, Ione de Almeida Coco, o relatório aponta a necessidade de se adotar novas infraestruturas baseadas em cloud computing e virtualização. “Por este motivo, ambas as tecnologias foram destacadas pelos CIOs como prioridade para 2011, até mesmo porque são meios viáveis em prol da redução de custos em TI”, afirmou ele, em nota.

Written by Flavio Henrique

Fevereiro 15, 2011 at 2:21 pm

Microsoft escolhe o país para implantar nova área de negócios

leave a comment »

Valor Econômico

O Brasil tornou-se um dos três mercados prioritários para a área de indústria da Microsoft Corporation, depois dos Estados Unidos e da Alemanha. Na semana passada, a subsidiária brasileira da companhia iniciou a nova abordagem de projetos e inovação junto a grandes corporações em três segmentos econômicos prioritários para a empresa de software.

Inicialmente, o foco da nova divisão concentra-se nos setores de manufatura e recursos naturais (com segmentos como automotivo, petróleo e gás, e energia e serviços), distribuição e serviços (incluindo as áreas de bens de consumo, varejo e hoteleira) e serviços financeiros (para os setores bancário, de seguros e mercado de capitais).

O Brasil foi escolhido pela Microsoft para implantar o modelo de negócios – que vem sendo aplicado há cinco anos nos outros dois países -, devido ao potencial das empresas locais para acelerar projetos de inovação, afirma o diretor mundial de manufatura e recursos naturais da empresa, Çaglayan Arkan. O executivo recebeu o Valor durante visita ao país para participar do lançamento da divisão. “Enxergamos o Brasil como um mercado vibrante e com muita possibilidade de crescimento industrial”, afirma Arkan. “Embora muitas das empresas do país sejam classificadas como emergentes, nós vemos o Brasil como um mercado muito maduro.”

O diretor de negócios e parceiros de grandes empresas da Microsoft Brasil, Marco Bravo, ressalta que os segmentos selecionados pela companhia também são os mais representativos para o país. “Temos o varejo brasileiro, o setor de recursos naturais – especialmente em petróleo e mineração, nos quais temos acompanhado o trabalho de empresas como Petrobras e Vale – e o mercado financeiro, que agora está buscando expansão internacional”, diz o executivo.

A expectativa de crescimento da área de software no Brasil também corroborou para a decisão da Microsoft de elevar a importância do país dentro do grupo. De acordo com a consultoria Gartner, a receita do mercado brasileiro de software cresceu 13% no último ano, saindo de US$ 2,41 bilhões em 2009 para US$ 2,75 bilhões em 2010. A estimativa de avanço até 2014 é de 12,4% ao ano, em média.

“A projeção da [consultoria] IDC para o mercado brasileiro representa o dobro da expectativa de avanço do mercado mundial (de 5% a 7% ao ano) nos próximos três anos”, afirma o analista de mercado de software da IDC Brasil, Samuel Carvalho. Segundo ele, a representatividade do país no mercado mundial de software deve crescer de 1,5% para 1,8% até 2014.

Arkan, o diretor mundial, trabalhou com funcionários da subsidiária brasileira, quando atuava na Turquia, e disse que a experiência contribuiu para que criasse uma imagem positiva desses profissionais. Isso aliado à presença de parceiros globais no Brasil, além de outros fatores, pesaram na escolha do país para o investimento na abordagem por segmentos de mercado.

Além de um time de cinco executivos contratados especialmente para liderar os três mercados-chave da nova divisão, a Microsoft contará com o suporte de 30 parceiros tecnológicos, incluindo empresas como Chemtech, especializada no setor de petróleo e gás, Siemens, AspenTech e Apriso, que oferecem soluções para diferentes áreas de manufatura.

Na avaliação do analista da IDC Brasil, a nova abordagem da Microsoft segue uma tendência iniciada há cerca de dois anos por grandes empresas de software, por uma demanda do próprio mercado. “O cliente não está mais disposto a adquirir a solução de uma empresa que não conhece a fundo o seu negócio”, opina Carvalho. Para o analista, a estratégia da empresa tem outro lado interessante. Historicamente, a Microsoft sempre foi fornecedora de sistemas prontos, mas passou a caminhar para a oferta mais focada por tipo de cliente, diz ele.

Deixar de lado esses sistemas já prontos e de ‘prateleira’ é justamente a proposta da divisão de Indústria, mas a Microsoft não abandonará esse tipo de produto. “Ainda somos uma empresa de software [no modelo de venda tradicional], mas as grandes empresas no Brasil demandam um nível diferente de atenção. É isto que queremos colocar em prática, além dos negócios do dia a dia”, ressalta Bravo.

Entre os resultados práticos de seu trabalho junto às corporações, Arkan cita o Ford Sync, um sistema de informação e entretenimento desenvolvido em parceria com a Ford. “Você pede que seu carro encontre um restaurante, e ele não apenas informa a localização ou a rota, mas permite que você ligue e faça uma reserva”, explica o executivo, que está conduzindo, na prática, o protótipo de um novo carro conectado da montadora.

O carro conectado de Arkan demonstra que o modelo de atuação da área de indústria é um meio para consolidar o sistema de computação em nuvem da Microsoft [os clientes podem usar equipamentos, sistemas e outros recursos da companhia, remotamente, sem precisar investir em aquisições]. Isto, aliado a inovações da própria empresa que surgiram em segmentos como mobilidade e jogos. “Tudo que a Microsoft está fazendo no espaço da nuvem – 90% dos nossos pesquisadores estão trabalhando em algo relacionado a isso, no momento – não teria significado sem esta perspectiva de atuação junto à indústria”, diz Bravo.

A experiência de consumo, na visão de Bravo, será um dos trunfos da companhia para se diferenciar dos concorrentes. “É interessante observar que, no mercado brasileiro de varejo e bancos, muitos clientes estão nos pedindo para compartilhar nossa experiência com o consumidor”, afirma. “Essa visão dupla não é comum no mercado de tecnologia”.

Written by Flavio Henrique

Fevereiro 14, 2011 at 5:43 pm

Venda de SaaS chega a US$ 9,2 bi em 2010

leave a comment »

Info Online

A receita de vendas mundiais de software como serviço (SaaS) com aplicações de software corporativo deve atingir US$ 9,2 bilhões em 2010, segundo o Gartner.

É um crescimento de 15,7% em relação a 2009, que teve receita de US$ 7,9 bilhões. A previsão é que o crescimento seja maior em 2011, com receita de US$ 10,7 bilhões, um aumento de 16,2% em relação a 2010.

Na definição do Gartner, o software como serviço (SaaS) é aquele que é mantido, entregue e gerenciado remotamente por um ou mais provedores. O provedor adota um modelo em que o consumidor contrata o serviço com base no pagamento pelo uso ou em uma assinatura baseada em métricas.

Há um aumento do envolvimento dos executivos nas decisões de compra, segundo o Gartner.  De acordo com a consultoria, um número crescente de empresas estão usando várias aplicações SaaS, que são procurados e desenvolvidos sem participação da TI, criando desafios de gerência.

Na percepção do Gartner, atualmente as empresas estão menos preocupadas com  segurança, tempo de resposta e disponibilidade de serviço, já que os serviços estão mais maduros e mais populares.

Aplicações de conteúdo, comunicação e colaboração (CCC) lideram o mercado de SaaS nas empresas, com receita mundial de US$ 2,9 bilhões em 2010, segundo o Gartner, seguido dos programas de CRM, com receita mundial de US$ 2,6 bilhões.

Written by Flavio Henrique

Dezembro 20, 2010 at 5:23 pm

Quatro tendências convergentes vão mudar a TI

leave a comment »

Analista do Gartner antecipa quatro tendências convergentes que podem ter um enorme impacto nas tecnologias de informação e nas empresas em geral.

“No centro da mudança dos próximos 20 anos estará a inteligência retirada da informação”, assegura Peter Sondergaard, vice-presidente e responsável mundial pelas pesquisas do Gartner. “A informação será ‘o petróleo do século XXI’. Será o recurso a fazer funcionar a nossa economia de um modo antes não possível”.

Para a próxima década, o Gartner identificou dez tendências com forte impacto na economia, desde a cloud à computação social, da computação contextual a estratégias baseadas em padrões – todas com recurso ou auxiliar para a gestão da informação. Quatro delas podem mudar radicalmente as tecnologias de informação e de comunicação.

Cloud “constitui a base de uma descontinuidade que corresponde a uma nova oportunidade de formatar a relação entre os que usam serviços de TI e quem os vende”, diz o analista.

A computação social – e não apenas plataformas como o Facebook ou o Twitter – terão um “impacto real” à medida que “permeiam e turvam as fronteiras entre as atividades pessoais e profissionais”. E vão permitir um “crescimento de produtividade” além de “contribuir para o crescimento econômico”, afiança Sondergaard.

Já a computação contextual (“Context Aware Computing”), segundo o Gartner, vai emergir com a generalização das tecnologias sem fios, agregadas a dispositivos “superinteligentes” (de tablets a smartphones ou netbooks), maior capacidade de computação e comunicações em todos os produtos físicos. “Isto permitirá a criação de software e serviços agregadores de dados, texto, gráficos, áudio e vídeo com contextos como localização, idioma, desejos, sentimentos”, reconhece Sondergaard, acrescentando que provocará um “profundo impacto nas organizações, na forma como conduzimos os negócios”.

As estratégias baseadas em padrões “procuram fontes tradicionais e não-tradicionais de padronização, modelam o seu impacto e adaptam produtos e serviços de acordo com as necessidades do padrão”, diz o executivo do Gartner. Análise de redes sociais, tecnologias cientes do contexto e ferramentas de análise previsional vão permitir aos responsáveis de TI extraírem padrões do enorme “conjunto de fontes de informação e modelar futuras possibilidades”.

Por tudo isso, “a combinação destas quatro tendências cria uma força inimaginável, impactando não apenas as TI e a indústria de TI mas as capacidades das empresas e dos governos”, completa Sondergaard.

Written by Flavio Henrique

Dezembro 5, 2010 at 7:47 pm

Com a popularização da modalidade, gestores de TI precisam avaliar em quais casos vale a pena adotá-la

leave a comment »

It Web

Com a popularização da modalidade, gestores de TI precisam avaliar em quais casos vale a pena adotá-la 

O mundo dos negócios vive de ciclos que afetam diretamente diversos departamentos. Assim como uma crise pode encerrar uma escalada de crescimento ou cessar investimentos em determinadas áreas, uma diretriz associada à demanda de clientes ou mesmo ao momento pelo qual a corporação passa pode mudar a forma de os gestores trabalharem. Esta alteração na maneira de agir pressupõe que o executivo tenha um amplo e profundo conhecimento sobre a corporação, seja flexível na tomada de decisões e, por fim, passa pela aquisição de novos conhecimentos necessários para, por exemplo, o fechamento de um contrato. Estes três pilares, de certa maneira, formam a base de discussão desta reportagem. Você se julga preparado para a avalanche de ofertas como serviço que chegam ao mercado? Sabe como enquadrar este tipo de compra do ponto de vista contábil? Conseguiria usá-lo a seu favor? Qualquer “não” que tenha dito representa um alerta para a sua já atribulada rotina de CIO.

Entender um pouco de contabilidade certamente nunca fez parte das prioridades de muitos executivos de TI. Mas a popularização de “tudo como serviço” (do inglês, everything-as-a-service) tem trazido esta necessidade para o cérebro dos departamentos de tecnologia, ainda que a maioria não tenha se dado conta disto. Tome como exemplo o uso de software como serviço (SaaS, da sigla em inglês) em um projeto que você não considere crítico. Em vez de compra de licenças e todo o custo embutido no curto e longo prazos, adquirir como serviço pode acelerar a aprovação da ideia. Como? Normalmente, uma despesa de SaaS seria enquadrada no balanço da companhia em Opex e, dependendo do valor, dispensaria a necessidade da assinatura da direção de finanças. E, ainda que dependesse, seria encarado de outra maneira.

“Na minha visão é mais fácil justificar SaaS para o CFO, porque, ao comprar a licença, você adquire um bem e, quando você apenas usa o serviço, é operacional e pode cancelar o contrato e sanar a despesa quando não precisar mais. A licença pressupõe investimento mesmo se não mantiver o processo. E a compra de bem tem depreciação de três a cinco anos”, afirma Eduardo Lucas Pinto, CIO do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, que também atua como consultor para algumas empresas.

A colocação dele faz todo o sentido, sobretudo levando-se em consideração as definições Capex/Opex, bastante comuns no vocabulário financeiro. Mas nem sempre as coisas fluem desta maneira. Você sabia, por exemplo, que um contrato de terceirização de infraestrutura ou mesmo de SaaS pode ser reconhecido nas demonstrações contábeis como Capex, ou seja, aquisição de ativos? Como detalhou o gerente da PricewaterhouseCoopers, Alexandre Gonçalves, o Brasil passa por um momento de mudanças significativas no cenário contábil, onde as práticas adotadas no País estarão, até o fim de 2010, praticamente em linha com as normas internacionais de contabilidade (“International Financial Reporting Standards”); e os contratos de outsourcing de TI não estão fora destas alterações.

Em geral caracterizados como prestação de serviço, os contratos de terceirização podem sofrer mudanças. Segundo a interpretação técnica ICPC n.º 03 (Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil), estes acordos devem ser avaliados pela sua essência, onde existe a possibilidade de que parte do contrato de terceirização tenha um componente embutido de arrendamento mercantil, referente à parcela representante ao hardware e à licença de uso de software. É importante observar ainda que, ao constatar a presença de arrendamento mercantil, será preciso avaliar se ele é classificado como operacional ou financeiro, enquadrados, respectivamente, nas demonstrações contábeis como Opex e Capex.

A discussão é complexa, mas os executivos precisam obter este tipo de entendimento. Dados do Gartner apontam que, até 2014, a adoção de SaaS em todo o mundo crescerá a uma taxa média anual de 29%, sendo que, no ano da Copa do Mundo no Brasil, a perspectiva de faturamento mundial é de US$ 20,72 bilhões. Destaque para software de gestão de relacionamento com o cliente e ferramentas de colaboração, que lideram a lista de procura. Contudo, já se observa uma tendência de alta na adesão de ERP como serviço, ainda que seja uma presença tímida devido à criticidade envolvendo o processo e também pela necessidade de uma taxa de indisponibilidade praticamente zero, o que requer uma rede extremamente confiável.

“Se a escolha do parceiro for acertada, você controla o SLA [acordo de nível de serviço ou service level agreement] e a disponibilidade. Mas não se sabe se o contratado oferece realmente tudo o que foi vendido. É mais fácil comprar, porque existe a flexibilidade caso você precise diminuir ou aumentar o contrato, no entanto, a disponibilidade ainda é um ponto crítico”, aponta Eduardo Fontanella, gestor de TI da Eliane S/A, empresa de revestimentos.

Esse tipo de análise, aliás, é considerado por muitos executivos. Quando aconselha o uso de SaaS, o consultor e CIO Lucas Pinto nunca se baseia apenas pelo preço do serviço, mas leva em conta o desempenho da banda larga e o custo embutido de ambos os lados (licença ou serviço). “O ganho em infraestrutura física é o grande diferencial, já para o resto, quando se calcula na ponta do lápis, a diferença é pequena, de 7% a 10%, mas o espaço físico é o maior diferencial, não precisa central, computadores, a empresa funciona como está ou diminuindo em função de algumas coisas estarem fora.” Ficar refém de alguma operadora, entretanto, pode ser o ponto negativo.

Mudanças no caminho

Um estudo produzido pela Forrester Research com mais de mil compradores de TI de corporações de todos os portes na América do Norte e Europa revelou a estratégia dos executivos em relação à adoção de SaaS. O custo total de propriedade (TCO) aparece como um dos principais motivos. Eles pensam no gasto com hardware, suporte, licenças e atualizações. A velocidade de implementação do projeto e a redução da equipe destinada apenas para manutenção do software surgem como outros motivadores. “Funcionalidade e modelo de precificação (Capex versus Opex) também lideram a busca por SaaS”, aponta Liz Herbert, uma das autoras dos estudo da Forrester.

Na outra ponta, ela cita segurança, privacidade, personalização, integração e maturidade como preocupações e desafios apontados pelos executivos de TI. Liz concorda com o CIO do Dante que as ofertas como serviço são o caminho mais fácil para provar valor de um projeto com pouco investimento, mas a pesquisadora toca num ponto essencial: “isso permite que as companhias conservem caixa ao eliminar ou reduzir custos fixos em favor do pague pelo uso.”

Mas será que as empresas querem “mostrar” que têm dinheiro em caixa ou preferem apresentar seus demonstrativos financeiros de outra forma? É aí que entra a necessidade de o CIO estar a par de tudo o que acontece na companhia e manter diálogo com as áreas de negócio – principalmente, com CFOs e CEOs – para entender o momento da corporação e o que ela quer demonstrar no balanço. “Vejo muitas empresas preocupadas com geração de caixa operacional. Ao identificar que há um arrendamento mercantil embutido e ele for classificado como financeiro, a despesa deixaria de afetar a geração de caixa operacional e seria reconhecida como apreciação”, explica Gonçalves, da PwC. Para ele, é preciso observar os objetivos da corporação e moldar a transação com o fornecedor antes da assinatura do contrato.

Essa análise só acontece se houver o velho alinhamento TI/negócio. Para Carlos Eduardo Cunha, professor da Trevisan Escola de Negócios e consultor de TI, há uma tendência de as áreas de negócio gostarem mais da contratação de serviços que a própria tecnologia. “Ainda há conflito, mas depende muito. Alguns CIOs são mais negócio que tecnológico e, quando existe este perfil, o conflito é menor. O serviço é inevitável, mas elimina boa parte do orçamento, que vai para infraestrutura. Isto reflete no emprego de toda a área. Ou seja, se vai para a nuvem, muitos vão embora e não é do interesse da área de TI, a não ser que ela mude o perfil [dos profissionais] para mais analítico”, comenta.

Um bom exemplo de trabalho conjunto vem da Empresas Rodobens. O diretor-financeiro, José Alceu Signorini, participa do comitê de estratégia de TI, por onde passam as compras e as decisões de investimento em tecnologia. O executivo comenta que, recentemente, o grupo modificou o software do centro compartilhado de serviço, optando por uma plataforma da SAP e tendo a IBM como implementadora. A contratação ocorreu na modalidade tradicional, mas “algumas áreas já entram no conceito SaaS”. Ele avisa ainda que, se este módulo SAP estivesse disponível como serviço, seria uma opção considerável. “Aqui fazemos uma análise mais completa. O financeiro está sempre presente. O projeto nasce com análise econômico-financeira e o meio de aquisição é um dos fatores que pesam em como o projeto vai caminhar; tem ainda aspectos diferenciais de contratação ou compra que são determinantes”, explica Signorini.

O analista da Delloite Laurence Liu entende que, ao trocar Capex por Opex, os executivos garantem a viabilidade do projeto com mais facilidade e não apenas pelo preço, mas por não concorrer com as demais demandas da empresa. Geralmente, quase todos os projetos envolvem compras de ativos e se enquadram em Capex, com um budget geral para toda a corporação. “É um caminho mais rápido, é diferente e ele chega com mais autonomia de investimento.”

Written by Flavio Henrique

Novembro 12, 2010 at 9:44 pm

Seis atributos de segurança necessários à nuvem privada

leave a comment »

Computerworld

Profissionais de TI devem ser cuidadosos na transição da infraestrutura virtualizada para a nuvem privada.

Na transição dos data centers virtualizados para as infraestruturas de nuvem privada, um dos elementos que as companhias mais devem investir para proporcionar evolução é a segurança. A avaliação é do Gartner, que prevê que, até 2015, 40% dos controles de seguranças usados dentro das grandes corporações serão virtualizados, em comparação aos atuais 5%.

Segundo o vice-presidente do Gartner, Thomas Bitmann, essa nova realidade de segurança virtualizada vai gerar uma grande mudança dentro das empresas, graças aos modelos com os quais cargas de trabalho são dissociados de hardwares físicos para ganhar alocação dinâmica dentro dos recursos de computação.

Para orientar as empresas nessa realidade, o Gartner aponta seis atributos necessários para as infraestruturas de nuvem privada:

1 – Portifólio de serviços de segurança sob demanda e elásticos
Em resposta ao novo modelo de computação, os produtos de segurança devem deixar as características de dispositivos físicos isolados e softwares tradicionais para serem implantadoe em um modelo “como serviço” para proteger cargas de trabalho e de informações no momento em que elas são necessárias. Esses serviços devem ser integrados a provisões de gerenciamento dos recursos de computação em si e compatíveis com qualquer tipo de carga de trabalho.

2 – Infraestrutura programável
A programação da infraestrutura de segurança que baliza os serviços  deve ser automatizada, por meio de APIs, para atender às necessidades de acordo com o consumo. Dessa forma, os profissionais poderão focar a atenção em gerenciar políticas e não programar infraestrutura.

3 – Políticas lógicas
A natureza das políticas de segurança que comandam as configurações automatizadas da infraestrutura programável devem mudar também. Elas devem ter atributos físicos, que levem em consideração que as cargas de trabalho. Informações não mais estarão ligadas a dispositivos físicos.

4 – Zonas de segurança
Em vez de administrar políticas de segurança de máquina em máquina virtual, as políticas de seguranças baseadas em atributos lógicos serão usadas em zonas de confiança. As zonas adaptam-se aos grupos de cargas de trabalho com requisitos de segurança e níveis de segurança similares.

5 – Gestão de controles e gestão de políticas devem continuar separadas na equipe de TI
Em uma estrutura de nuvem privada, as tarefas e preocupações entre as áreas de operação de TI devem ser separadas para reforçar a segurança. No mundo físico existe essa separação entre softwares, dispositivos e gestão de políticas. No mundo virtual, a separação deve permanecer.

6 – Cuidados na transição
A nuvem privada será implementada de forma incremental na infraestrutura, não provocará uma ruptura de distribuição. A gestão, nesse caso, deve ser cuidadosa. O ideal é que a nuvem privada seja capacitada para compartilhar regras e diretivas com o restante da infraestrutura para a inspeção de cargas de trabalho.

Written by Flavio Henrique

Novembro 10, 2010 at 9:00 pm

Cloud computing: teoria esbarra na realidade

leave a comment »

Por CIO/EUA

Para especialista do Gartner, boa parte dos departamentos de TI erra quando olha para a nuvem como uma forma apenas de reduzir custos.

As discussões sobre cloud computing (computação em nuvem) e o interesse dos executivos de TI em saber mais sobre o tema crescem a cada dia. Contudo, esse modelo representa uma realidade apenas para uma pequena parcela das empresas e ainda divide opiniões.

Diversos estudos sobre computação em nuvem deixam claro a sensação de que, na prática, muito pouco ainda tem sido investido pelas empresas. Um exemplo é o relatório da fornecedora de soluções baseadas em cloud computing Savvis, realizado a partir de pesquisas com 600 decisores de TI. O levantamento mostra que 68% dos executivos acreditam que o modelo poderia ajudar a amenizar os efeitos da crise econômica e 15% acreditam que a solução permitiria uma redução nos custos com tecnologia. Contudo, 70% dos entrevistados só esperam aderir à nuvem em um prazo de dois anos.

Entre os argumentos para não adotar imediatamente a computação em nuvem, 76% dos executivos afirmam que esse modelo dificulta o acesso ao ambiente e, por consequência, não permite a rápida implementação de projetos inovadores.

Para o analista da consultoria Gartner Mark McDonald, quando se analisa a adoção de cloud computing, o mercado está dividido em três grandes grupos de perfis de departamentos de TI: ricos, pobres e medianos.

No caso dos ricos, que concentram cerca de 22% das empresas, eles têm um orçamento maior mas, o mais importante, apresentam uma área melhor estruturada. Assim, investem pesado na modernização, bem como em iniciativas inovadoras. E quando olham o cloud computing, enxergam mais do que um simples corte de custos. Eles enxergam esse modelo como uma forma de desenvolver novos aplicativos e oferecer um valor estratégico às unidades de negócio.

Já os pobres, que correspondem à metade das organizações, em contraste, não tem um orçamento e um foco orientado a reduzir custos. Em outras palavras, estão mais preocupados em uma gestão eficiente do que em buscar inovações. Para McDonald, o cenário pode não ser agradável para esse tipo de departamento de TI, que tende a tornar-se irrelevante para o resto da companhia e deve perder cada vez mais o espaço dentro do atual cenário de negócios.

Sinal de alerta

Se a avaliação do analista do Gartner estiver correta, o estudo da Savvis demonstra que boa parte das empresas pode estar equivocada na análise do uso da computação em nuvem. Isso porque, dois terços delas acreditam que o principal benefício da migração para cloud é conseguir uma economia de recursos. Enquanto McDonald defende que a TI precisa enxergar esse modelo como uma forma de agilizar os projetos e atender às demandas das áreas de negócio, com um custo adequado.

Written by Flavio Henrique

Agosto 8, 2010 at 3:09 pm

Serviços de cloud computing terão crescimento de 16,6% em 2010

leave a comment »

Computer World

O relatório sobre o setor, a Gartner avalia que a crise internacional foi um dos fatores responsáveis por alavancar as ofertas de computação em nuvem.

Os serviços de cloud computing vão movimentar 68 bilhões de dólares no mercado mundial até o final de 2010, com crescimento de 16,6% em comparação com os 58,6 bilhões de dólares gerados em 2009. As projeções são de estudo do Gartner que estima que esse mercado alcançará uma receita de 148,8 bilhões de dólares em 2014.

Na avaliação do vice-presidente de pesquisas do Gartner, Ben Pring, esse modelo ganhou mais força no ano passado com a crise econômica que obrigou muitas companhias a analisarem a alternativa para reduzir os custos de TI. Gerentes de TI começaram a se interessar pelos serviços na nuvem, estimulando fornecedores a aumentarem as ofertas.   

Os Estados Unidos são os mais adiantados na adoção de cloud computing, segundo o relatório do Gartner, tendo respondido em 2009 por 60% da receita mundial dos negócios. Para 2010, o Gartner estima que esse mercado contribuirá com 58% do faturamento do segmento, mas que em 2014 sua fatia cairá para 50% por conta do crescimento da participação de outras regiões.

A Europa ocidental representará 23,8% do mercado em 2010, enquanto o Japão responderá por 10% e aumentará essa fatia para 12% em 2014. O Reino Unido contribuirá nos próximos quatro anos com 29% do faturamento.

De acordo com o relatório do Gartner, o segmento da economia que está adotando mais cloud computing é o financeiro. Outros setores que estão contratando os serviços são a indústria de manufatura, empresas de mídia e TI. O estudo da consultora aponta que setor público começa a demonstrar interesse pelo processamento na nuvem.

Apesar de muitas organizações estarem analisando cloud computing, Pring afirma que o modelo ainda gera preocupação por causa das questões de segurança, disponibilidade dos serviços e maturidade dos fornecedores. Essas preocupações, segundo o Gartner, é uma oportunidade para que os players do mercado aprimorem suas ofertas de TI.

Written by Flavio Henrique

Julho 2, 2010 at 5:38 pm